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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Chuvas não melhoram situação de rios da região de Campinas e Piracicaba



As chuvas dos últimos dias não melhoraram a situação dos rios das bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), onde está a Região Metropolitana de Campinas (RMC). O boletim da Agência Nacional de Águas (ANA), com dados do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) de São Paulo, mostra que à zero hora de 24 de agosto a vazão do rio Piracicaba em Piracicaba era de 38,31 metros cúbicos por segundo, a mesma de uma semana atrás. O cenário continua critico, então, para os recursos hídricos na região, que todo ano passa pelo mesmo drama, sem que providências efetivas estejam sendo acenadas no horizonte pelo conjunto dos poderes públicos.

A sociedade regional também parece paralisada diante do estresse hídrico que é cada vez maior, com o volume de água disponível não acompanhando o crescimento da população e de atividades econômicas. Em dez anos, entre 2000 e 2010, a população da RMC cresceu quase 400 mil moradores, equivalentes a "duas Sumaré", sendo que a água disponível continua a mesma. De onde sairá a água dos próximos dez anos?

Neste contexto, aumenta a expectativa com relação à renovação da outorga do Sistema Cantareira em 2014. A região reivindica maior liberação de água. Atualmente, a região do PCJ tem direito a 5 metros cúbicos, ou 5 mil litros por segundo. São reivindicados pelo menos 12 metros cúbicos por segundo na renovação da outorga. Faltam apenas três anos. O quadro é muito grave. A região precisa acordar, antes que seja tarde demais. (José Pedro S,Martins)

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