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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Vazão do rio Piracicaba atinge índice crítico: região redobra o alerta



A vazão do rio Piracicaba, na cidade de Piracicaba, atingiu o índice absolutamente crítico de 38,31 metros cúbicos por segundo à zero hora deste dia 17 de agosto, quarta-feira. Um número que confirma a gravidade da situação dos recursos hídricos na região das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), como tem ocorrido em épocas de estiagem como a atual. Cenário que ratifica a necessidade de medidas urgentes, para garantir o abastecimento de água da região, que inclui a Região Metropolitana de Campinas (RMC). Os dados da vazão são da rede telemétrica do DAEE-SP, e estão incluídos no boletim periódico emitido pela Agência Nacional de Águas (ANA).

A média histórica de vazão no rio Piracicaba entre 1965 e 1996 foi de 143,9 metros cúbicos por segundo. Hoje a demanda de água nos 65 municípios das três bacias é de 36,34 metros cúbicos por segundo, sendo 19,06 m3/s pelo setor urbano, 10,58 pelo segmento industrial e 6,69 para a área agrícola, via irrigação.Sem ação efetiva de proteção das águas, em termos de qualidade e quantidade, não haverá garantia para satisfazer as demandas futuras, diante do crescimento populacional esperado e de novas atividades econômicas previstas. A projeão contida no Plano de Bacias 2010-2020 do PCJ é que, em 2020, a região tenha quase 6 milhões (cerca de 5,9 milhões de moradores), contra os atuais 5 milhões de moradores. Uma "nova Campinas", com aproximadamente 1 milhão de moradores, será então acrescentada à região em uma década.

O Plano de Bacias prevê uma demanda de 22,63 metros cúbicos por segundo para o setor urbano em 2020 (de acordo com o cenário tendencial projetado), mais uma demanda industrial de 12,17 m3/s e uma demanda para irrigação de 6,81 m3/s, somando 41,61 m3/s. Ou seja, em uma década a demanda aumentará em 5 metros cúbicos por segundo, aproximadamente. De onde sairá essa água? (JPSM)

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