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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ampliação de acesso a bibliotecas públicas é um dos desafios de novos prefeitos da Região Metropolitana de Campinas

 
Livro, alicerce civilizatório: essencial


O livro ainda é, e por muito tempo continuará sendo, um dos principais veículos de transmissão do legado cultural de um povo, de uma cidade, e por isso fundamental para a construção da cidadania. A partir deste princípio, os prefeitos eleitos na Região Metropolitana de Campinas (RMC), terão entre seus maiores desafios o de ampliar e aprimorar o acesso às bibliotecas públicas.
Enorme desafio, sem dúvida, considerando os atrativos das novas mídias que, em tese, estariam contribuindo para esvaziar as bibliotecas. Mas as bibliotecas públicas podem ser renovadas, como indicam o Plano Nacional do Livro e Leitura e o Plano Nacional de Cultura. Renovadas e ressignificadas, podem ser cada vez mais espaço de difusão e criação de novos conhecimentos, inclusive com uso das novas tecnologias de comunicação e informação.
Maior atenção para esse elemento representará a contribuição da RMC para o cumprimento da meta 4 do Plano Nacional de Cultura, que trata da elevação da média de leitura nacional para quatro livros lidos por ano fora do aprendizado formal. A média brasileira, de menos de 2 livros por ano, é muito baixa, em comparação com vários países.
Outra meta importante é a 29, que trata da acessibilidade total das bibliotecas públicas (e outros espaços culturais) para pessoas com deficiência. A meta 34, por sua vez, prevê que pelo menos 50% das bibliotecas públicas sejam modernizadas até 2020. Mas a RMC, com o seu perfil, pode alcançar essa meta muito antes. A meta 41 estabelece que todas as bibliotecas públicas disponibilizem até 2020 informações sobre o seu acervo no Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais.
Mesmo sendo uma região metropolitana com renda média muito acima da brasileira, a RMC ainda tem desafios a superar em termos de acesso a bibliotecas públicas.
A RMC conta com mais de 80 bibliotecas, e mais da metade delas está em Campinas, mas a maioria é de organizações educacionais e/ou culturais. O município de Campinas, com cerca de 1,1 milhão de habitantes, tem quatro bibliotecas públicas municipais, das quais uma é infantil e a outra, distrital, em Sousas. Hortolândia tem três bibliotecas públicas municipais, para quase 200 mil moradores.
Em primeiro lugar no ranking (de 2009) do Ministério da Cultura de municípios com bibliotecas públicas abertas para cada 100 mil habitantes está Barueri, com 11 bibliotecas públicas, para mais de 240 mil moradores. Em segundo, Curitiba, com 55 bibliotecas públicas municipais para cerca de 1,9 milhão de moradores.

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