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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Beleza e inquietação andam juntas no rio Atibaia

Cena no rio Atibaia, final de tarde de 15 de setembro: a uma semana do início da Primavera, rio seco e queimada na bela paisagem


Queimadas, rios secos, estiagem, má qualidade do ar. O cenário típico dos momentos de estiagem mais uma vez se repete na região das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, onde está a Região Metropolitana de Campinas (RMC). O mais grave é o risco de a região se "acostumar" com o que ocorre ano após ano. Queimadas decorrentes de práticas agrícolas inadequadas e de atos como um "simples" cigarro aceso na beira de rodovia são cenas recorrentes, mas que não deveriam ser vistas como "naturais" em períodos de Inverno. E rios secos, também.


No dia 14 de setembro, quarta-feira, às 6 horas, a vazão do rio Piracicaba em Piracicaba era de 29,96 metros cúbicos por segundo. Vazão muito baixa, de novo. A vazão no rio Atibaia, pouco antes de Campinas, era de 12,6 metros cúbicos por segundo, igualmente baixa. Resultado: pedras à vista no leito do rio, maiores índices de poluição, maior dificuldade para o tratamento da água que serve para o abastecimento de mais de 90% do mais de 1 milhão de moradores de Campinas, maior gasto com produtos químicos nessa operação e por aí vai.


Alternativas para melhorar o quadro dos rios da região são fundamentais para o futuro e cada vez mais inadiáveis. Mas essa advertência já não foi feita tantas vezes? Ainda assim, como os rios das bacias PCJ continuam, de forma geral, lindos e querendo prosseguir correndo, cheios de vida! (JPSMartins)

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