sábado, 1 de janeiro de 2011

2011 com a música de Tayane Azarias, de Itamogi

O sax de Tayane, encantando Itamogi e
pronto para voar alto (Foto Renato Fabretti)


Foi uma curiosidade geral entre os moradores de Itamogi, quando Tayane Aparecida Azarias subiu ao palco pela primeira vez no Música na Praça, promoção cultural mensal na praça São João Batista, centro da cidade. Curiosidade porque Tayane iria tocar um saxofone, instrumento incomum para jovens de sua idade. Mas logo que começou a tocar, Tayane demonstrava uma maturidade musical impressionante, para uma menina agora com 14 anos. E dai em diante foi puro deleite, apreciar as músicas populares e eruditas que ela apresentava. E assim ela espera que aconteça em 2011, com muito mais música em sua vida e na dos jovens como ela.
Nascida em Itamogi, uma irmã, Tayane teve um choque, uma revelação, quando viu no Raul Gil, pela primeira vez, o instrumentista Caio Mesquita, lançado no programa de tevê. "Achei muito interessante, comecei a ter uma vontade enorme de tocar como ele", conta a menina. Isso foi em 2006. Ela tinha 10 anos e confessa que não sabia da existência do sax. Aquele som, aquele design charmosíssimo do instrumento, foi um encantamento à primeira vista.
O que fazer? Por intermédio de uma amiga, soube que na Casa da Cultura de Itamogi havia aula de música. E Tayane passou a frequentar as aulas de Luciano Altran, músico de São Sebastião do Paraíso. As aulas básicas, o entendimento do que é a música, o aprender a ler partituras. Toda uma trajetória de descobertas, de assombro, de doces surpresas com aquilo que ela tinha dentro de si mesma e agora aflorava, em notas e sons.
"Sinto uma alegria enorme e um desejo muito grande de tocar e brilhar mais e mais", diz Tayane. Até então, como tantos de sua idade, conhecia poucos tipos de música. E agora, que ela aprecia cardápios musicais mais amplos, Tayne acha que a juventude precisaria conhecer mais outros estilos, outras formas. "Descobri outras culturas, vejo a música de outro ângulo", assinala, para logo citar um dos clássicos da música popular brasileira como revelação, para ela, de outro universo: simplemente Pixinguinha. "A música dele vai no nosso interior, nos faz refletir muito".
E assim vieram outros nomes fundamentais da MPB e também da música erudita, que ela passou a adorar. Ela lamenta que a rádio e tevê normalmente veiculem os mesmos estilos, o mesmo tipo de música ("que repete uma palavra umas cem vezes"), quando existe muito mais além do horizonte. "Quando falamos de outro tipo de música, as pessoas acham no começo que é algo chato. Mas elas precisam e podem aprender outro tipo de música, é muito bom", propõe.
Já tocou em casamentos, se apresentou em Paraíso e começa a receber convites de outras cidades. Mas não esconde, não, sonha mesmo em "brilhar muito, em tocar em Paris". Sonho absolutamente legítimo. Por enquanto, curtiu muito as Congadas no final do ano em Itamogi ("vixe, gosto muito") e tem outro sonho mais imediato, ter um sax próprio, pois o que ela usa é da Casa da Cultura, onde também está aprendendo violão - este ela já tem, dado por um primo. As delicadas descobertas, o fascínio da arte, as surpresas, os talentos brotando por todo esse Brasil enorme e absolutamente musical, como no exemplo do sax de Tayane, de Itamogi, Sudoeste de Minas Gerais, mais um orgulho da bela região.

Um comentário:

  1. Ai galera acessem o mais novo Blog de notícias de Itamogi,Itamogi Real,o blog que tem o intuito de mostrar o que a "imprensa" de Itamogi não mostra,e esse Blog Bela Região é parceirão.Abraçoooo
    http://itamogireal2.blogspot.com/

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