domingo, 29 de maio de 2011

Padre Nelson volta a Itamogi, cidade que ajudou a transformar





Ele caminha calmo, tranquilo, pelas ruas de Itamogi, sudoeste de Minas Gerais, onde voltou a morar, quatro décadas depois. Mora em Itamogi, mas é titular da paróquia de Senhor Bom Jesus de Guardinha, distrito de São Sebastião do Paraíso. Itamogi foi a primeira paróquia que o jovem padre Nelson assumiu, entre 1971 e 1975, período em que a cidade passou por transformações profundas e quando foi um microcosmo perfeito da realidade brasileira da época. O país vivia o auge da ditadura militar e ansiava por mudanças. Depois de implantar todos os projetos que idealizara, o religioso assumiu novos desafios, passando por São José da Barra-Furnas, Passos, Bom Jesus da Penha e, agora, Guardinha, morando em Itamogi, que ele ama com todas as forças. (Ver mais em HISTÓRIAS DA BELA REGIÃO)

sábado, 28 de maio de 2011

O escultor da poesia: Lau Fernandes




Um "autor inédito na Europa e na América do Norte, ineditíssimo também na África e no Oriente, dispenso apresentações. Sou, certamente, o maior poeta vivo que minha mãe conhece". Assim Lau Fernandes se apresenta na contracapa do livro "Trem da Vida", de 1995, uma síntese de sua poesia crítica, corrosiva, irônica. Filho de família numerosa, entre seus 19 irmãos está o padre Nelson Fernandes de Oliveira, que começou sua carreira em Itamogi. Lau era artista múltiplo, escultor habilidoso e professor por muitos anos em Guaxupé, onde faleceu há alguns anos. A sua poesia ainda merece um reconhecimento maior no universo da literatura brasileira. (Ver em IDEIAS)

domingo, 22 de maio de 2011

Levy Lopes, um diamante do pagode universitário, mais um Tesouro de Minas Gerais




Com apenas 21 anos, filho de Monte Santo de Minas, Levy Lopes se consolida como um expoente do pagode universitário. Ele é um dos Tesouros de Minas, título da coluna que o blog BELA REGIÃO começa hoje com artistas que evoluem na cena musical e outros já consagrados. Simpatia, humildade e enorme talento são a marca do multiinstrumentista Levy, que desenvolveu um estilo próprio a partir da incorporação de diferentes influências e de passagens em vários grupos antes de decidir pela carreira solo. Diversas cidades paulistas, inclusive a capital, e do Sudoeste de Minas Gerais já confirmaram o brilho no palco de Levy, que respira e transpira música desde a infância, na casa que tem outros artistas. Uma história de fé em um ideal e de trabalho árduo, na construção de um projeto de vida. (Ver em TESOUROS DE MINAS)

Livro comenta a gênese da Comunidade Saudável em Campinas no governo de Magalhães Teixeira-Edivaldo Orsi










Campinas foi uma das cidades pioneiras no Brasil a abraçar e implantar o conceito de Comunidade ou Cidade Saudável. Conceito defendido pela Organização Panamericana da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OPAS-OMS). Foi no governo de José Roberto Magalhães Teixeira-Edivaldo Orsi (1993-96), quando também foi lançada, igualmente com pioneirismo no país, o Programa de Renda Mínima. Esse processo é contado no livro "Campinas no rumo das Comunidades Saudáveis" (IPES Editorial), em co-autoria de José Pedro Soares Martins e Humberto de Araújo Rangel e colaboração de vários especialistas da Unicamp. (Ver em MEUS LIVROS)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Monte Santo de Minas promove Marcha da Luta Nacional Antimanicomial

Uma caminhada contra o preconceito e a intolerância e por um novo olhar da sociedade brasileira para os distúrbios mentais, que incapacitam mais do que doenças cardíacas. Às 14 horas desta quarta-feira, 18 de maio, sai da Praça da Matriz e percorre as ruas centrais de Monte Santo de Minas a Marcha da Luta Nacional Antimanicomial. Atividade que marca a lembrança na cidade do Dia Nacional da Luta Antimanicomial, data simbólica dos avanços obtidos nos últimos anos, em termos de luta antimanicomial, mas também de estímulo para que a luta prossiga, pois os estigmas permanecem.

A promoção da Marcha é do Centro de Atenção Psicossocial - CAPS Rosalino, João e Paixão, homenagem a três portadores de transtornos mentais que circulavam pelas ruas centrais de Monte Santo. A Marcha vai passar por muitos pontos onde os três eram vistos, como um sinal de esperança de que o Brasil vive a aurora de novos tempos em políticas públicas, antes praticamente inexistentes, para distúrbios mentais.

Após uma grande luta de profissionais do setor, de organizações da sociedade civil e dos próprios portadores, foi editada em 2011 a Lei 10.216, que instituiu um novo modelo de assistência aos portadores de distúrbios mentais no país. Eles passaram a ter muito mais direitos, em termos de melhorias no tratamento, de inclusão na comunidade e a cuidados integrais, entre outros.

Com a nova legislação, o Estado brasileiro, compreendendo as três instâncias de governo, passou a ter responsabilidade na formulação e execução de políticas públicas humanitárias, abrangentes, eficientes e participativas dirigidas aos portadores. A internação passou a ser vista como último recurso terapêutico, ao contrário do que era feito durante muito tempo, quando era vista às vezes como a única solução e era praticada indiscriminadamente. A internação em instituições asilares passou a ser vetada.

Foi então estabelecida uma Política Nacional de Saúde Mental, envolvendo ações como o Programa de Reestruturação da Assistência Psiquiátrica Hospitalar - PRH, abrangendo a redução gradativa e de forma planejada dos leitos, e o Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares - PNASH-Psiquiatria. De forma concomitante, passaram a ser estimuladas e implementadas medidas como a expansão de serviços residenciais terapêuticos, a criação de leitos para saúde mental em hospitais gerais, a atenção mais qualificada em relação ao uso de álcool e drogas e a reorientação dos manicômios judiciários.

A multiplicação e qualificação dos CAPS é um dos pontos centrais da Política Nacional de Saúde Mental, em conjunto com várias outras medidas, como programas de geração de renda e trabalho e ações culturais e educacionais, envolvendo portadores e familiares. Conquistas já foram obtidas. Entre 2003 e 2008 o Programa De Volta para Casa beneficiou 3 mil portadores de distúrbios mentais no país. No mesmo período, o número de CAPS mais que duplicou, aumentando de 500 para 1290.

Cândido Ferreira, Campinas - Uma das instituições que se tornaram modelo nesse sentido é o Serviço de Saúde Cândido Ferreira, de Campinas. A partir de 1993 ele já era considerado referência em tratamento de saúde mental no Brasil pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Atendendo a mais de 1 mil usuários por mês, o Cândido Ferreira, fundado em 1924, tem-se empenhado muito na desospitalização, na participação social dos usuários e no respeito ao direito à convivência com a diversidade, com a diferença. Para colocar em prática esses princípios, tem uma estrutura que inclui, entre outros recursos, três Centros de Convivência, Núcleo de Oficinas e Trabalho (NOT), Cândido Escola e, também, quatro CAPS, um Núcleo Clínico, Núcleo de Atenção à Dependência Química e Núcleo de Atenção à Crise (NAC).

Usuários do Cândido participam de atividades em comunicação comunitária, como o programa de rádio Maluco Beleza e Jornal Candura. O Bloco do Candinho, que sai pelas ruas do distrito de Sousas, há vários anos tornou-se um dos destaques do Carnaval de Campinas.

Luzes em novos horizontes para a saúde mental no Brasil. Por isso a Marcha deste 18 de maio em Monte Santo de Minas, Dia Nacional da Luta Antimanicomial, alcança um enorme significado. Os cristais de novos tempos que brilham no coração da esperança. (Por José Pedro S.Martins)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Código Florestal e a falta de um projeto de futuro no Brasil (e não falta sempre?)

A polêmica que marcou a sessão de adiamento da votação do projeto do novo Código Florestal revela a ausência de um projeto de futuro no Brasil. Que falta faz nesse momento da vida política nacional a voz de Florestan Fernandes e sua sociologia crítica. Fundamental resgatar em seus livros a anatomia que fez de nossa formação social, de nossas mazelas, das estruturas que continuam impedindo o avanço, ou melhor dizendo, a construção da democracia (eco)social. (Ver artigo na coluna DAS IDEIAS)

domingo, 15 de maio de 2011

PCNs: A ROTA NUCLEAR BRASILEIRA, LIVRO NA ÍNTEGRA

O governo brasileiro está tentando concluir a usina nuclear de Angra 3 e há algum tempo estuda novas centrais atômicas, tendo sido escolhido o Nordeste como alternativa para sediar pelo menos duas delas. Governos nordestinos inicialmente apoiaram e disputaram o "privilégio" mas agora, pós-Fukushima, já repensam a postura. Paralisações nas usinas de Angra 1 e 2 voltaram a ocorrer nos primeiros meses do ano. Por todos esses motivos, considerei oportuno iniciar, pelo livro "PCNs: a rota nuclear brasileira", a publicação neste espaço (coluna MEUS LIVROS NA ÍNTEGRA) de vários livros de minha autoria na íntegra. O livro é de 2005, e claro que está defasado em muitas informações, mas os conceitos ali expostos continuam essencialmente válidos. É curioso verificar como pessoas que antes eram contra a energia nuclear hoje são suas defensoras. Mas também é muito bom ver como grandes nomes continuam na trincheira contra essa modalidade de energia cara, perigosa e, para mim, anti-vida. O Brasil não precisa continuar nesse caminho. Existem múltiplas alternativas energéticas no país. Enfim, aqui está o livro, lançado no Fórum Social Mundial de 2005, em Porto Alegre. (Ver MEUS LIVROS NA ÍNTEGRA)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A topiaria em Batatais, a "cidade dos mais belos jardins"




A geometria do verde, a textura do inesperado. A topiaria, arte de esculpir na vegetação, é um dos patrimônios da estância turística de Batatais. O seu resgate é um símbolo do desejo de cidades saudáveis, sustentáveis e felizes. (Ver ensaio em OLHARES)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A música dourada de Minas que brilha na avenida financeira de São Paulo

Cartaz de divulgação do Sarau das Cidades do Ouro

No final do século 18, ela fluia pelas cidades da Estrada Real, por onde circulava o ouro extraído em terras mineiras. No início do século 21, ela agora está prestes a brilhar na avenida Faria Lima, efervescente centro financeiro de São Paulo. A música erudita inspirada nas tonalidades típicas de momento crucial da história e da cultura do Brasil é a atração do Sarau das Cidades do Ouro, no próximo dia 8 de maio, domingo, dentro da série "Saraus Brasileiros Históricos", promovida pelo Museu da Casa Brasileira.


O Sarau contará com músicas de dois dos principais compositores brasileiros da atualidade, interpretadas por grandes estrelas da música erudita nacional. Os compositores são Calimério Soares, nascido em São Sebastião do Paraíso (ver coluna GENTE), e Ernani Aguiar, natural do Rio de Janeiro. Também no cardápio, outras delícias musicais, resgatadas de arquivos mineiros dos séculos 18 e 19. Um diálogo, portanto, entre o histórico e o contemporâneo, configurando uma síntese da rica trajetória da música erudita brasileira, cada vez mais consolidada no cenário nacional e internacional.


Com início previsto para as 11 horas, no Museu da Casa Brasileira (avenida Brigadeiro Faria Lima, 2705), o Sarau das Cidades do Ouro contará com a apresentação de um trio refinado. No cravo, Elisa Freixo, que completou sua formação musical em importantes instituições europeias (como a Escola Superior de Música e Artes Cênicas de Hamburgo, Alemanha, e Schola Cantorum, de Paris) e vem se dedicando a interpretar importantes nomes da música brasileira e europeia. É responsável, por exemplo, por uma série de concertos nos órgãos históricos da Catedral da Sé de Mariana e da Matriz de Tiradentes, ambas em Minas Gerais.


Participa igualmente do sarau a soprano Rosemeire Moreira, formada em Canto no Instituto de Artes da UNESP e que concluiu pós-graduação na Royal Academy of Music, de Londres. A soprano tem uma das mais sólidas carreiras na música erudita do Brasil atualmente, com apresentações em vários países. Tem-se dedicado a divulgar a música brasileira dos séculos 18 e 19. Completa o elenco de artistas do Sarau das Cidades do Ouro, com sua guitarra barroca, o músico Edilson de Lima, de grande projeção internacional. Tem desenvolvido intensa pesquisa sobre música brasileira antiga, além de se dedicar à carreira acadêmica e à criação de trilhas para teatro, entre outras atividades.


Um trio de ouro, para executar obras antigas e as contemporâneas, compostas pelos mestres Calimério Soares e Ernani Aguiar. A curadoria é da musicóloga e intérprete Anna Maria Kieffer, considerada uma das maiores especialistas em história da música no Brasil. Foi responsável, por exemplo, pela produção do Cancioneiro da Imigração e do Teatro do Descobrimento, entre outras obras fundamentais no grande esforço que vem sendo feito pela divulgação e fortalecimento sistemático da música histórica e clássica brasileira. E um dos capítulos mais reluzentes dessa história é justamente a música de Minas Gerais, tema do Sarau do dia 8. Um presente para os sentidos, em pleno Dia das Mães.




A magia e as luzes da noite em Monte Santo de Minas

Colégio Américo de Paiva, espaço de saber, cultura, encontros e saudade. Uma das pérolas de Monte Santo de Minas, que ganham novos encantos, novos contornos, quando a noite cai com seu véu de seda e magia. (Ver ensaio de José Pedro S.Martins em OLHARES)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Emoção e alegria na inauguração da nova Biblioteca Municipal de Itamogi

Prefeito Janoário Arantes (centro) e ex-prefeitos Hamilton Dias

e Maria Gregório descerram placa de inauguração



Músicos da Casa da Cultura "Maestro Nino Delicatti"

deram o tom artístico à cerimônia



Grande público na inauguração do novo espaço cultural de Itamogi




Apresentação de cordel por alunos da Escola de Jovens

e Adultos (EJA) foi um dos momentos emocionantes



Emoção, arte e alegria marcaram a cerimônia de inauguração da nova Biblioteca Municipal de Itamogi "Sebastiana Bernardino da Costa Elias", na noite de 29 de abril, sexta-feira. Um bom público compareceu ao evento, que teve momentos marcantes como a apresentação de um cordel, sobre a vida da homenageada, por alunos da Escola de Jovens e Adultos (EJA). Outro destaque foi a exibição de vídeo sobre a biografia da professora Tianinha, que dá nome ao novo espaço cultural itamogiense (ver coluna GENTE). O prefeito Janoário Arantes reiterou que foi sua decisão pessoal dar o nome da educadora à biblioteca. A apresentação de vários números musicais, por jovens da Casa da Cultura "Maestro Nino Delicatti", deu o tom artistico à cerimônia, finalizada com o descerramento da placa de inauguração.