sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Oficinas sobre capoeira em Santa Bárbara: patrimônio cultural do Brasil para ler, ver e praticar

Capa do livro Capoeira, um patrimônio cultural, de José Pedro Martins (texto) e Adriano Rosa (fotos)



Neste domingo, 21 de agosto, a Estação Cultural, mantida pela Fundação Romi, em Santa Bárbara d´Oeste, vai oferecer oficinas de capoeira, sob a coordenação do Mestre Tuim. As oficinas estão ligadas ao Projeto Capoeira, um Patrimônio Cultural (da Editora Komedi e 3S Projetos), que inclui livro do mesmo nome, assinado pelo jornalista José Pedro Martins, com fotos de Adriano Rosa. As oficinas serão entre 8 e 9h30 e entre 10 e 11h30. O evento é gratuito e aberto a toda comunidade.


O livro "Capoeira, um patrimônio cultural" (Komedi, 2011), bilíngue, em português e inglês, faz um registro histórico das raízes da capoeira, que poderá ser incluída como esporte nas Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. "Será a coroação da presença internacional da capoeira, esporte sim, mas, sobretudo, uma filosofia de vida e uma das mais completas traduções da alma mestiça brasileira. A alma que dança, que ginga sob o acompanhamento harmonioso do berimbau, dos pandeiros e de outros instrumentos", diz o autor.


Em seguida o jornalista José Pedro Martins destaca a repressão que marcou os primeiros tempos da capoeira no Brasil, apesar do reconhecimento popular e de seu papel, por exemplo, na Guerra do Paraguai. Durante o primeiro governo Getúlio Vargas, a capoeira foi finalmente liberada. Tendo como pilares nomes como os mestres Bimba e Pastinha, a capoeira, em suas versões Regional e de Angola, ganhou todo Brasil, além de servir como "embaixada" brasileira em mais de 100 países.


A capoeira na cultura é outro tema abordado no livro. Ela foi objeto de reflexões na literatura, por nomes como Jorge Amado, Gilberto Freyre e Machado de Assis. No cinema, com destaque para o filme "Barravento", de Glauber Rocha. Nas artes plásticas, na obra de nomes como Debret e Rugendas.


"Capoeira, um patrimônio cultural", o livro, também destaca a presença da capoeira em território paulista, em municípios como São Paulo, Sorocaba e Porto Feliz. Em Campinas, também, com o papel histórico, nos tempos recentes, da Academia de Odete Raia, que fez um convite para grandes mestres para atuarem na cidade. Alguns deles se fixaram em Campinas, que se tornou importante polo regional. Mestres Tarzan, Godoy e Maya são alguns dos nomes de referência da capoeira na cidade, que em 2004 sediou o I Seminário Nacional de Estudos sobre a Capoeira.


O autor conclui: "O Seminário de Caminas é mais um evento demonstrando a força da capoeira em território paulista, a exemplo do que ocorre em todo país, espraiando-se por todo planeta. Um alfabeto de cores e amores, cultivado na nossa mestiçagem e distribuído como mensagem de paz do Brasil e seu povo maravilhoso para o mundo".

Nenhum comentário:

Postar um comentário