quinta-feira, 7 de abril de 2011

7 de abril de 2011, o "nosso 11 de setembro"


7 de abril de 2011, o "nosso 11 de setembro". Nada será como antes. Provavelmente agora teremos, espero, um amplo, sério e eficiente programa multidimensional, envolvendo profissionais habilitados, organizações sociais que lidam há anos com a questão, a comunidade escolar, maior participação dos pais e da comunidade do entorno, para lidar com o desafio da violência nas escolas. Espaço sagrado, que não pode ser transformado em nova área de guerra. Novo front da guerra civil que continua ocorrendo no Brasil, sim, senhores e senhoras.

Violência grave em escola não é de hoje no Brasil, claro. Estão dizendo que o de hoje é o primeiro massacre em escola no país. Mesmo que "tecnicamente" tenha sido diferente, já ocorreu, por exemplo, em Campinas, dia 6 de outubro de 1999. Mascarados invadiram uma escola no Vida Nova, mataram três jovens e feriram outros sete. Episódio conhecido como Chacina do Vida Nova, que cruel ironia.

Foi a coroação de uma escalada de violência que atingiu Campinas na década de 1990. A ante-sala do complexo e ainda violento, muito violento século 21. Mas talvez agora algo mude. Tomara. Tenho, em função de meus compromissos profissionais, conhecido muitas escolas públicas pelo Brasil afora, que estão fazendo um belo trabalho de envolvimento comunitário. É só ter mais apoio, do poder público, empresas e comunidade em geral, que as escolas públicas estarão muito mais capacitadas a enfrentar essa epidemia de violência. E aí poderão se concentrar na sua generosa missão.

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