Histórias sobre Campinas, região metropolitana e bacia do rio Piracicaba. O povo da região, a cultura, o meio ambiente, ideias sobre o hoje e os desejos para o amanhã. E as impressões de viagem de um jornalista mineiro vivendo em Campinas e região há 30 anos. Claro, saudoso, também escreve sobre a região de onde veio - Itamogi, Monte Santo de Minas, São Sebastião do Paraíso, Santo Antonio da Alegria, Altinópolis, Batatais...
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Região contribuiu para consolidar democracia no Brasil
De Paraíso, o som que chega ao planeta
De Itamogi, o padre que constrói Igrejas
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
REGIÃO DE CAMPINAS E PIRACICABA, 30 ANOS DE MUDANÇAS RADICAIS
domingo, 12 de setembro de 2010
Wenceslau Braz, de Monte Santo para o fogo da Primeira Guerra Mundial
Ficou por pouco tempo no governo, pois a 1 de março de 1910 já era eleito vice-presidente da República, superando Albuquerque Lins, da Campanha Civilista. Naquela época o candidato a vice-presidente também participava de eleições diretas. Foi eleito vice de Hermes da Fonseca, que governou de 1910 a 1914.
Com uma sonora vitória contra Rui Barbosa, por 532.107 votos a 47.782, Wenceslau Braz foi eleito presidente a 1 de março de 1914, assumindo o cargo a 15 de novembro desse ano, permanecendo até 15 de novembro de 1918. Período muito conturbado na vida nacional e internacional, e não apenas pela eclosão da Primeira Guerra Mundial.
Já pegou a Guerra do Contestado em curso, em 1915 explodiu a Revolta dos Sargentos, e em 1917 foi a vez da greve geral e também da Gripe Espanhola, que deixou milhares de vítimas por todo Brasil. A greve geral teve grande influência dos anarquistas, mas os ventos comunistas já se faziam sentir. Naquele ano era vitoriosa a revolução bolchevique na Rússia, dando origem, depois, à União Soviética. Um episódio curioso envolveu a participação brasileira na Primeira Guerra, no governo Wenceslau Braz. O Cruzador Bahia, que integrava uma frota de navios brasileiros, atacou por confusão um bando de toninhas, em novembro de 1918, na altura do Estreito de Gibraltar, na Europa. Ficou na história como a Batalha das Toninhas, uma simpática espécie de cetáceos.
Deixando a presidência, Wenceslau Braz se envolveu exclusivamente na Companhia Industrial Sul-Mineira, que havia fundado em Itajubá, onde faleceu, em 15 de maio de 1966. Tinha 98 anos. Uma longa e intensa vida pública, com importante passagem na região de Monte Santo de Minas. (JPMartins)
Presidentes da República saíram de Batatais e Monte Santo
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Áreas de Batatais e Paraíso em destaque em 2011, Ano das Florestas
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Livro cita congadas de Itamogi, Paraíso e região
As congadas de Itamogi, São Sebastião do Paraíso e região são citadas em "Imagens do Brasil", meu novo livro, da Editora Komedi, que estou lançando hoje em Campinas. Lançamento na Livraria Saraiva, do Shopping Iguatemi, a partir das 19 horas. Na realidade é uma obra em dois volumes: "A alma plural e única do Brasil" e "Alma regional do Brasil". Fotos de Adriano Rosa e vários outros fotógrafos, de diversas partes do país.
No primeiro volume, trato das manifestações culturais típicas que ocorrem em todo território nacional, claro que com as devidas diferenças regionais. Caso das próprias congadas, que também acontecem em São Paulo e outros estados. Casos ainda do carnaval, das festas juninas, da capoeira, o samba, o futebol e por aí vai.
No segundo volume, comento as manifestações culturais que são características de uma determinada região, e que geralmente têm muito a ver com o meio ambiente, com a natureza, dessa região. A região amazônica, por exemplo, é o palco do Festival de Parintins e do carimbó. O Nordeste do semi-árido e do agreste é a terra do cordel, da culinária típica, do axé, do frevo e tantas outras belezas e delícias.
O Centro-Oeste e o Pantanal, por sua vez, são o cenário perfeito para as cavalhadas, os mascarados. No Sudeste, o samba urbano, o cururu de Piracicaba. E no Sul, a marejada em Santa Catarina, a chula no Rio Grande do Sul e outras expressões locais. Um retrato, enfim, da alma plural e única mas também regional do Brasil. A nossa cultura é de uma impressionante diversidade por isso, pelas diferenças regionais, pela mescla de etnias.
Sobre as "Congadas, os tambores da mãe África", presentes em Itamogi, Paraíso e em toda região, afirmo: "Uma das mais importantes manifestações que contribuíram para firmar a mestiça identidade nacional, embora não tão valorizada e lembrada como o samba e a capoeira, as congadas estão esparramadas por todo o Brasil, acontecendo, aqui e ali, em determinada época do ano e celebrada com características próprias, dependendo das peculiaridades regionais que adquiriram".
Depois de descrever a história, a trajetória, a culinária e outros pontos associados às congadas, concluo: "... os sinais originais, os ecos da mãe África e igualmente das influências européias, continuam presentes, sempre a encantarem e a seduzirem pelo mosaico de sons, ritmos, cores e sabores que ainda vestem, com realeza e fidalguia, as congadas, momento mágico em que as hierarquias se desfazem como pó". Seria um prazer a presença de todos no lançamento.
O meu coração bate no ritmo das caixas de congo. Meu grande abraço, bela região. (José Pedro S.Martins)