Entre as espécies de animais ameaçadas de extinção em São Paulo estão o tatu-canastra, o tamanduá-bandeira, o bugio-preto, o mico-leão-preto, o mico-leão-de-cara-preta, a jaguatirica, o lobo-guará, a anta e o veado-campeiro, entre os mamíferos. Entre a aves, a ema, perdiz, codorna-mineira, anhuma, jacutinga, socó-boi-escuro, garça-real, águia-cinzenta, gavião-cinza e urubu-rei.
Histórias sobre Campinas, região metropolitana e bacia do rio Piracicaba. O povo da região, a cultura, o meio ambiente, ideias sobre o hoje e os desejos para o amanhã. E as impressões de viagem de um jornalista mineiro vivendo em Campinas e região há 30 anos. Claro, saudoso, também escreve sobre a região de onde veio - Itamogi, Monte Santo de Minas, São Sebastião do Paraíso, Santo Antonio da Alegria, Altinópolis, Batatais...
sábado, 26 de novembro de 2011
Extinção da biodiversidade é acelerada em São Paulo
Cientistas de várias latitudes têm feito alertas sistemáticos sobre a hipervelocidade de extinção de espécies em todo planeta, em decorrência do desmatamento e outros fatores. Pois o Estado de São Paulo já assiste a uma extinção acelerada da biodiversidade, a julgar pelos números constantes no Painel da Qualidade Ambiental 2011, divulgado na sexta-feira pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo. Números que ratificam a urgência da recuperação de ecossistemas em território paulista, com o maciço plantio de espécies nativas de árvores, entre outras providências.
De acordo com a publicação, entre 2000 e 2010 aumentou de 267 para 438 o número de espécies da fauna ameaçadas de extinção em São Paulo. O maior incremento foi verificado nos grupos de anfíbios (cinco para 12 espécies ameaçadas, evolução de 140%) e de peixes de água doce (15 para 66 espécies ameaçadas, crescimento de 340%) e sobretudo peixes de água salgada (19 para 118 espécies sob ameaça, ou incríveis 521% de aumento), o que pode indicar uma acentuada degradação na qualidade das águas.
No período avaliado, o número de espécies conhecidas da fauna em São Paulo aumentou de 2.071 para 2.510. Com isso, a proporção de espécies ameaçadas aumentou de 12,9% em 2000 para 17,5% em 2010. No geral, o número de espécies ameaçadas em relação ao número de espécies conhecidas foi de 64% em dez anos em território paulista, um aumento excepcional considerando as médias mundiais.
A observação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo com relação a esse aumento substancial na proporção de espécies da fauna ameaçadas de extinção é a de que não é possível saber "se esse aumento se deve exclusiamente à degradação da qualidade ambiental dos ecossistemas, ou que seja fruto de um maqior esforço de pesquisa" nos grupos que registraram maior número de espécies ameaçadas.
De acordo com os números do Painel da Qualidade Ambiental 2011, em 2010 eram consideradas ameaçadas de extinção em São Paulo 38 das 230 espécies conhecidas de mamíferos em território paulista, 171 das 793 espécies de aves, 33 das 250 espécies de répteis, 12 das 250 espécies de anfíbios, 66 das 393 espécies de peixes de água doce e 118 das 594 espécies de peixes marinhos.
A mesma publicação informou que entre 2005 e 2009 a proporção do território paulista coberta com vegetação nativa aumentou de 13,9% para 17,5%. O estado já teve mais de 80% cobertos com vegetação nativa. A publicação cita que a vegetação de Cerrado, que já ocupou 14% da superfície do Estado, cobria em 2008/2009 somente a cerca de 1% do território paulista, "comprometendo severamente sua sustentabilidade futura". O crescimento da lista de espécies de fauna ameaçadas de extinção indica que é fundamental acelerar as medidas para recuperação da qualidade ambiental de ecossistemas em São Paulo.
No planeta - No começo de novembro a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN em inglês) divulgou sua nova lista de espécies ameaçadas de extinção no planeta. A lista passou a contar com 61.900 espécies examinadas. A IUCN informa que 25% das espécies de mamíferos estão sob ameaça de extinção. Entre outras más notícias, a de que a subespécie de rinoceronte negro ocidental, originária da África Ocidental, foi considerada oficialmente extinta. outras subespécies de rinoceronte estão sob gravíssimo risco de extinção.
A IUCN revelou que cuidados com a recuperação de ecossistemas têm resultado na considerável melhoria da situação de muitas espécies e subespécies. O rinoceronte branco, que tinha uma população de menos de 100 animais no final do século 19, chega hoje a uma população de mais de 20 mil indivíduos.
A lista vermelha anual de espécies ameaçadas, produzida pela IUCN, ratifica o imperativo de maior preocupação da comunidade internacional com a extinção da biodiversidade, de forma concomitante com a necessária inquietação com as mudanças climáticas. No Brasil, o Movimento Empresarial pela Biodiversidade (MEB) está empreendendo esforços para que a Conferência Rio+20 avalie as duas questões de forma conjunta, considerando que o desmatamento leva tanto à emissão de gases-estufa como à redução drástica da biodiversidade. Os números de São Paulo mostram que devem ser incrementados os esforços regionais pela proteção da biodiversidade. (Por José Pedro Martins)
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