Mostrando postagens com marcador Cetesb. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cetesb. Mostrar todas as postagens

sábado, 26 de novembro de 2011

Áreas contaminadas dobram em cinco anos na região de Campinas

Entre 2005 e 2010, aumentou de 225 para 552 o número de áreas contaminadas na região de Campinas, cadastradas pela Cetesb, a agência ambiental do governo paulista. Este é o número de áreas contaminadas na região das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), onde está a Região Metropolitana de Campinas (RMC) e que perde em termos absolutos apenas para a região do Alto Tietê, onde está a Grande São Paulo. No Alto Tietê o número de áreas contaminadas cadastradas cresceu de 820 para 1778 no mesmo período.

Os números constam da publicação "Painel da Qualidade Ambiental 2011", que a Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo lançou na última sexta-feira, 25 de novembro. A publicação também apresenta o Índide de Reabilitação das áreas contaminadas cadastradas. Na região do PCJ foram consideradas reabilitadas 23,4% das 552 áreas contaminadas cadastradas. No Alto Tietê, reabilitadas 25,3% das 1778 áreas contaminadas.

A publicação Meio Ambiente Paulista - Relatório de Qualidade Ambiental 2011, lançada em junho de 2011, deu mais detalhes sobre a questão das áreas contaminadas em território paulista.

O documento lembra que em 2009 o governo paulista sancionou a Lei 13.577, dispondo sobre diretrizes e procedimentos para o gerenciamento de áreas contaminadas em São Paulo. Observa ainda que a Cetesb tem produzido publicações sobre o tema, como o Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Tratamento de esgotos domésticos em São Paulo cresce somente 7% em cinco anos

O próprio documento “Meio Ambiente Paulista – Relatório de Qualidade Ambiental 2011”, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, lançado em junho, fornecia as pistas para a crítica situação das águas em muitas regiões do território paulista, sobretudo nas regiões do PCJ, Alto Tietê (Grande São Paulo), Sorocaba/Médio Tietê e Baixada Santista. De acordo com o documento, que reproduz números da Cetesb, entre 2006 e 2009 aumentou somente 6%, de 33% para 39%, o volume de carga orgânica, derivada de esgoto doméstico, que deixou de ser lançada diretamente nos corpos d´água. Já o Painel da Qualidade Ambiental 2011, lançado neste dia 25 de novembro, informa que o índice de remoção da carga orgânica de origem doméstica lançada diretamente nos rios foi de 40,6% em 2010. Ou seja, quase 60% do esgoto doméstico de São Paulo ainda não tinha tratamento em 2010. Um avanço de somente 7% de remoção em cinco anos.
A situação mais crítica em tratamento de esgotos em São Paulo em 2010, em termos proporcionais, era a da Mantiqueira e da Baixada Santista, com índices de remoção de carga de esgoto doméstico de somente 3,2% e 7,9%, respectivamente. Entretanto, em termos absolutos, a região do Alto Tietê, onde está a Grande São Paulo, é líder absoluta em volume de carga lançada diretamente nos corpos d´água, sem tratamento adequado. Era de quase 700 toneladas de DBO/dia de carga de esgoto doméstico lançadas na bacia do Alto Tietê, que aumentou o percentual de remoção de somente 30 para 33,6% em quatro anos. Em outras palavras, em cinco anos aumentou apenas 3,6% o volume de carga de esgoto doméstico que deixou de ser lançada diretamente nos corpos d´água, na região mais rica do Brasil. Nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, segunda região mais rica de São Paulo, o índice de remoção aumentou 17%, de 22 para 39,1%, significando que 60,9% do esgoto doméstico da região não tinham tratamento. Péssima notícia para a região que tem a pior qualidade de águas no estado.