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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Museu do Açúcar e do Etanol de Piracicaba e projeto de Rio Claro na Nona Bienal Internacional de Arquitetura de SP

Engenho Central, na margem direita do Rio Piracicaba,

e que será reformado para abrigar o Museu





O projeto do Museu do Açúcar e do Etanol de Piracicaba, que será instalado no Engenho Central, está presente na Nona Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo (NonaBia), aberta ontem, 2 de novembro, e que irá até dia 4 de dezembro na OCA do Parque Ibirapuera, em São Paulo. O projeto do Museu do Açúcar e do Etanol está entre os 62, de vários países, que foram selecionados para exposição em suporte físico durante a NonaBia, que neste ano tem como tema "Arquitetura para todos: construindo cidadania".

O Museu do Açúcar e do Etanol será abrigado no Engenho Central de Piracicaba, às margens do rio do mesmo nome. O projeto é resultado da parceria entre Prefeitura de Piracicaba e Instituto Brasil Leitor. O propósito é que o Museu tenha exposições permanentes e temporárias, com vários recursos para contar a trajetória do ciclo do açúcar e do etanol no Brasil. Piracicaba é um dos principais polos açucareiros do Brasil e de lá sai a maior parte dos equipamentos para usinas de açúcar e do álcool em território brasileiro e em todo mundo.

O projeto do Museu do Açúcar e do Etanol, de acordo com a Relação de projetos selecionados para exposição em suporte físico, leva a assinatura de Pedro Mendes da Rocha e equipe formada por Vera Lucia Domschke, Antonio C. Gama, Brigida Garrido,Carol Moreira, Débora Tellin, Francisco Gitahy, Gabriela Frare, Georgia Lobo, Júlio Costa, Marina Caio, Priscila Krayer, Pedro Ferreira Dualibi e Pedro Pasquali.

Em Rio Claro - Outro projeto da região, presente na NonaBia, é o da Operação Urbana Via Paulista, em Rio Claro. Projeto assinado por José Magalhães Jr., Pedro Manuel Rivaben de Sales e José Francisco Xavier Magalhães, e equipe formada por Fernanda Lemes Santana Arquiteta, Pedro Mauger, Jaqueline Rodrigues, Paulo José Villela Lomar e André Barbara, segundo a Relação de projetos selecionados para exposição em suporte físico, divulgada pela direção da NonaBia.

Moradia e construção sustentável, eixo da Bienal Internacional de Arquitetura de SP, tema de debate no SESC-Campinas

Neste dia 2 de novembro foi aberta a Nona Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo (NonaBia), que vai até 4 de dezembro na OCA do Parque Ibirapuera, na capital paulista. "Arquitetura para todos, construindo cidadania" é o tema desta NonaBia, que tem naturalmente como um de seus eixos a moradia e a construção sustentável. Pois a moradia sustentável é justamente o tema do bate-papo que acontece dia 10 de novembro, a partir das 14 horas, no SESC-Campinas, como parte da série “Fala mais sobre isso!”

A viabilidade da moradia sustentável nos cenários da metropolização será discutida pelo engenheiro Rodolpho Schmidt, idealizador do Programa Madeira Urbana, que tem como objetivo certificar produtos que utilizam madeiras provenientes de reaproveitamento, queda, poda ou cortes autorizados de arvores que compõem a paisagem urbana e rural.
Também participa do evento o Escritório Cria Arquitetura, que trabalha com arquitetura sustentável e já recebeu o Prêmio Planeta Casa, da Casa Cláudia. A série Fala mais sobre isso! propõe uma reflexão multidisciplinar sobre vários aspectos relacionados ao viver em contextos metropolitanos. As atividades serão no Teatro do SESC. A entrada é grátis.

Arquitetura e cidadania - Conforme assinala o curador da NonaBia, o arquiteto Valter Caldana, o propósito desta Nova Bienal é que ela "se aproxime e dialogue com os agentes envolvidos no processo de construção da arquitetura e urbanismo e de sua qualidade, dos movimentos sociais aos agentes de mercado, do poder público à iniciativa privada, de quem devemos nos aproximar e com quem devemos dialogar sempre". Uma aproximação, complementa ele, que se dá, sobretudo, no sentido de "mostrar a força e a importância da Arquitetura e Urbanismo na construção de uma sociedade mais justa e solidária, que possa viver em uma cidade mais bela, eficiente e sustentável".

Entre os projetos aprovados para a NonaBia estão, de fato, vários que remetem aos conceitos de cidadania e sustentabilidade e que incorporam técnicas em bioarquitetura, uso de materiais sustentáveis e melhores soluções climáticas. São os casos de projetos para bibliotecas, como as de Fribourg (Suíça), Nembro (Itália) e a histórica Biblioteca Municipal Mário de Andrade, de São Paulo. Entre outros projetos brasileiros aprovados, estão os do Centro Educativo Burle Marx (Brumadinho, MG), Instituto de Reciclagem do Adolescente (São Paulo, SP) e Parque Ecológico Imigrantes (São Bernardo do Campo, SP).

Parceria antiga - O envolvimento de arquitetos e urbanistas com os temas da cidadania, da construção de uma nova socidade, não é exatamente novo. Como nota Peter Hall, em seu magnífico "Cidades do Amanhã": "É realmente surpreendente o fato de que muitas - não todas, de maneira alguma - das primitivas visões do movimento urbanístico tenham como origem o movimento anarquista que floresceu nas últimas décadas do século XIX e nos primeiros anos do século XX. Isso vale para (Ebenezer) Howard, para (Patrick) Geddes e para a Regional Planning Association of America, tanto quanto para os seus muitos derivados no continente europeu. (...) A visão desses pioneiros anarquistas não era meramente a de uma forma construída alternativa, mas a de uma sociedade baseada na cooperação voluntária entre homens e mulheres, trabalhando e vivendo em pequenas comunidades autogeridas" (Peter Hall, Cidades do Amanhã, Editora Perspectiva, São Paulo, 2002, página 4)

Muitos outros exemplos poderiam ser citados, da preocupação social e, mais recentemente, ambiental de arquitetos e urbanistas. A NonaBia é uma amostra de como a sociedade contemporânea está pensando essa relação necessária. O debate no SESC-Campinas dia 10 de novembro será mais um eco dessa associação fundamental para o século 21.